domingo, 20 de janeiro de 2019

Caiado afirma que gastos com terceirizados dobraram entre 2014 e 2018


Informação foi levantada por servidores da Segplan e da Sefaz. Previsão é de que dívida do estado aumente em 2019
Artur Dias
 afirmou que as gestões anteriores priorizaram o pagamento a terceirizados ao invés de quitar a folha de pagamento de dezembro. A informação foi levantada por servidores da Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Segplan) e da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).
No vídeo, o governador apresentou dados para demonstrar que, entre os anos de 2014 e 2018, o pagamento de contratos teve um aumento de mais de 120%, o qual ainda foi intensificado nos últimos dois anos de governo. Os valores destinados aos terceirizados entre 2017 e 2018 (R$ 2.371 bilhões) foram cerca de 55% maiores do que os registrados nos anos de 2014, 2015 e 2016 (R$ 1.529 bilhão).
“Isso mostra qual foi a prioridade do governo passado: em vez de pagar o salário dos servidores públicos, preferiu entregar o dinheiro para os terceirizados. Isso é desrespeito para com o funcionalismo, os cidadãos e o Estado”, disse Caiado.
Gastos
O estudo dos servidores da Segplan e da Sefaz mostra que, no final de 2019, o déficit total será de mais de R$ 6 bilhões. Caiado explicou que os gastos com folha de pagamento, custeio de órgãos e outros Poderes, além de despesas correntes, consumiriam toda a previsão de receita para este ano.
Isso significa que, mesmo que o governo do estado não realize nenhum investimento no ano de 2019 e apenas mantenha os serviços básicos, ele já estará endividado. O estado está gastando mais do que arrecada.
Hoje o governo já possui uma dívida de R$ 3,4 bilhões. Desse valor, R$ 1,3 bilhão é referente à folha de pagamento de dezembro e R$1,8 bilhão são dívidas com fornecedores.
Na entrevista coletiva, Caiado apresentou o extrato bancário oficial da Caixa Econômica Federal, que comprova que ele recebeu o Estado com R$ 13.345 milhões em conta. Deste valor, mais de R$ 2 milhões já estavam comprometidas com ordens de pagamento.
“Recebi o governo com R$ 11 milhões em caixa e R$ 3,4 bilhões em dívidas”, disse o governador. “Gente, não existe mágica. Não tem como ‘fabricar’ dinheiro. Temos e vamos enfrentar essa situação”, concluiu.

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